segunda-feira, 11 de maio de 2015

TREINAMENTO DE FORÇA PARA CORREDORES


Circuitos de força podemos trabalhar o corpo inteiro.

Dentre todas as valências físicas que podemos desenvolver como a velocidade, resistência e força esta última esta relacionada com a qualidade de vida na terceira idade bem como a manutenção de padrões físicos de alto desempenho.  Segundo (PLATONOV, 2003), o treinamento de força desenvolve distintas qualidades, como reforço dos tecidos conectivos, conjuntivos de apoio, e melhora da constituição corporal do atleta. Para (Evangelista, Alexandre 2011) a melhoria da força na corrida está relacionado ao aumento do padrão de recrutamento de unidades motoras, que gerará melhoras na economia de corrida mesmo sem, necessariamente, ocasionar alterações significativas no consumo de oxigênio.
Como se deve trabalhar a força na corrida? Temos que ter em mente que se o atleta quer melhorar seu desempenho na corrida, esse deve ter como predominância em seu s treinos à corrida, os trabalhos de desenvolvimento de força são uma suplementação que deve visar à melhora do condicionamento de força geral, ou seja, devemos trabalhar com os corredores na forma de circuitos com uma grande variedade de grupos musculares por sessão. E sempre objetivando a especificidade da prova que o atleta irá competir, seja uma de 100 metros bem como uma maratona ou ultra maratona.
Utilização de materiais de fácil manuseio e uso do peso do próprio corpo.
Qual a frequência? Para corredores depende muito dos objetivos de treino, período de treinamento e se o mesmo é iniciante ou experiente na prática da corrida. Podemos trabalhar  a força de 2 a 3 vezes por semana de preferência em um período oposto ao do treino de corrida, ou seja se eu corro de manhã faço o treino de força a tarde. No período de treinamento denominado base podemos incluir o trabalho de força 3 vezes na semana visto que esse período se caracteriza por buscar uma aumento de força geral bem como de resistência muscular geral. E no período competitivo 2 vezes na semana com uma redução de carga pode  trazer enormes benefícios aos corredor.
Qualidade de vida na terceira idade.
E sempre temos que pensar no treinamento de força como algo que vai nos permitir envelhecer de forma muito saudável visto que quanto maior for à capacidade de um indivíduo gerar e manter força, melhor será sua mobilidade e qualidade de vida na terceira idade.


sábado, 2 de maio de 2015

APLICAÇÃO PRÁTICA DO SPLIT NEGATIVO



Em nossa última postagem, coloquei umas dicas de como correr a Rústica Tiradentes de forma mais segura e com o objetivo de melhorar sua marca pessoal, fiquei muito feliz pelo relato de vários alunos e não alunos que seguiram minhas dicas e confirmaram aquilo que a ciência já tinha comprovado.
Nesta última Rústica Tiradentes os alunos do Clube 12 km em sua grande maioria melhoraram suas marcas pessoais em, dois, quatro, dez minutos para os 10 km, e todos relataram esse modo de correr de forma mais segura e eficiente.
Para quem não acompanhou a matéria anterior o split negativo é uma forma de se correr uma prova realizando a segunda metade da mesma com um tempo inferior em poucos segundos, desta forma se corre com menos sofrimento e na maioria das vezes há uma melhora de marca pessoal dependendo para isso de temperatura e subidas no percurso.

CLUBE 12 KM NA 41° RÚSTICA TIRADENTES - MARINGÁ

CORRENDO COM O PROFESSOR
Nesta última Tiradentes corri com duas alunas minhas, Ana Flávia e Cassiana as duas com marcas pessoais de 10 km de 48 minutos, nossa meta era passar os primeiros 5 km entre 23 e 23.40 minutos e baixar na segunda metade da prova. No início da prova as duas relataram que estavam achando o ritmo muito lento que poderiam correr de forma mais rápida, isso é claro estavam descansadas. Porém expliquei que essa segurada no ritmo refletiria em uma melhora do seu ritmo de corrida dos 5 km para frente. Desta forma passamos os 5 km dentro da meta  com um tempo de 23.34 e na segunda parte puxamos o ritmo mais forte nos trechos em decidas, desta forma o sofrimento maior da prova vem somente após os 7 km ou seja você tem somente 3 km de sofrimento extremo pela frente. Porém o imprevisível acontece e no km 7 a Ana Flávia sentiu um aumento de dor no posterior de coxa que já vinha a incomodando e teve que reduzir o ritmo no final, aí a deixei para trás e busquei a Cassiana que já estava uns 150 metros a nossa frente, nesse trecho final de prova ultrapassamos muita gente e inclusive na chegada com uma arrancada final ultrapassamos duas corredora o que conferiu a Cassiana a 3° colocação em sua categoria na prova com um tempo de 47’03” recorde pessoal.
Abaixo segue o relato pessoal de cada uma:

LUCIANO, ANA FLÁVIA E CASSIANA - CLUBE 12 KM
ANA FLÁVIA
“Não se ganha uma corrida nos primeiros quilômetros, na corrida Tiradentes nunca consegui fazer os 10 km progressivos. Sempre começava forte, cheia de ansiedade e no final sofria e perdia posições. Este ano foi diferente, através de conselhos do meu treinador Luciano larguei com ele, tranqüila, sem tanta ansiedade e fomos melhorando e crescendo a cada km. Correr é isso... desafios, diversão e muito aprendizado. Muito obrigada professor... gratidão é o que sinto!



CASSIANA
“Já faz um bom tempo que pratico corrida de rua pelo menos uns dez anos e sempre que posso participo da Rústica Tiradentes ( para mim uma prova muito difícil e técnica) mas este ano a corrida foi bem mais confortável que as dos outros anos pois sempre fazia a primeira metade  do percurso muito rápido, principalmente os dois primeiros quilômetros. Nesta prova tive o privilégio de poder correr acompanhada do meu treinador Luciano Andrade do Clube 12 km e juntos colocamos em prática o que já sabia na teoria, corremos em um ritmo bem confortável até o quinto quilômetro para só depois acelerarmos e aí sim crescer mais durante a prova e conseguir ultrapassar vários participantes e ainda sobra para dar um sprint final e conseguir a terceira colocação, mas o melhor não foi isso e sim o fato de ter concluído uma prova sem tanto sofrimento”

Mais do que ser a forma correta de se correr, este modelo propicia ao atleta uma percepção de seu organismo, para realizar o split negativo precisa-se conhecer e saber seu atual estado de treinamento, nosso corpo fala muito com nós durante uma prova, é que às vezes estamos surdos.  Desejo a todos melhores corridas sempre.