terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Os aspectos fisiológicos que influenciam no treinamento e desempenho

Fonte: PERFIL DOS CORREDORES DE RUA DO ESTADO DE SÃO PAULO E AS LESÕES A QUE ESTÃO SUJEITOS De Adriano Bastos

O treinamento aeróbio, quando praticado de forma regular, acarreta uma redução na quantidade de gordura corporal aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo). Há alguns anos, especialistas tem aceitado o VO2 max. como principal critério para determinação da capacidade funcional dos sistemas circulatório e respiratório, e seus valores tem sido amplamente usados como índice da aptidão física em diversos países.

A concentração sangüínea do lactato é modificada pela atividade física, assim como durante a realização de exercício, a concentração sangüínea do Lactato depende, em primeira instancia, da intensidade da carga de trabalho e, em segunda, da duração da mesma.

Quando corredores de fundo treinados realizam exercício de carga submaxima e longa duração, há pouco aumento na taxa sangüínea do Lactato; após uma hora de exercício, esses níveis são menores de 4mMol/l. Argumenta-se que o incremento no consumo de O2 contribui na maior excreção do Lactato.

Há uma elevada correlação entre a freqüência cardíaca (FC), o consumo de O2 e a intensidade na qual o exercício é realizado, por isto, a avaliação da FC, durante a atividade física, constitui um parâmetro confiável e de fácil medição para a determinação indireta da intensidade de trabalho.

Durante a realização de exercício submáximo de longa duração e intensidade constante, por corredores de fundo treinados, com reposição hídrica ou sem ela, a taxa sangüínea do lactato não teve variações significativas e correlacionou-se com a FC e com a percepção subjetiva do esforço. O estado de hidratação não alterou o comportamento do lactato nem a percepção subjetiva do esforço, mas sim, a freqüência cardíaca; isso pode ser um indicador, de que a hidratação, mesmo que parcial, melhora o desempenho esportivo.


A utilização do comportamento glicêmico para identificar o limiar aeróbio deve seguir alguns critérios, como intensidade de exercícios que vão desde valores abaixo do limiar anaeróbio à valores acima do limiar anaeróbico, e incrementos pequenos.

Nos exercícios de longa duração, com duração superior a 30 minutos , a energia para a concentração muscular provem da combustão aeróbia do glicogênio, gorduras e proteínas. Em exercícios de baixa intensidade, há predominância da utilização de gorduras sobre a de glicogênio, ocorrendo o inverso nos de alta intensidade.

Em exercícios de longa duração, o atleta esta sujeito a fadiga devido a vários fatores: repleção de glicogenio muscular, acidose induzida pelo lactato, desequilíbrio hídrico ou mineral, etc.

A acidose induzida pelo lactato é um importante fator de fadiga O ácido láctico acumulado contribui para a persistência da fadiga depois de uma corrida. Para livrar o corpo do ácido láctico o melhor remédio é um jogging suave. O movimento, dizem eles, é mais eficaz do que o repouso.

A fadiga ,em termos simples pode ser definida como a incapacidade do organismo em manter a produção de energia, ou a deficiência do organismo na manutenção de uma determinada tensão muscular por um determinado tempo.

A intensidade de trabalho correspondente ao início de acumulo de lactato no sangue que pode ser expresso pela da velocidade da corrida no limiar aeróbio (VCl) e determinado de forma direta ou indireta, tem sido aceita como útil para a prescrição de exercícios.

A possibilidade de se trabalhar a resistência aeróbia de forma adequada é fundamental para a prevenção do desenvolvimento de doenças degenerativas, tais como a obesidade, diabetes, hipertensão e outros inúmeros fatores que provocam a diminuição do nível de qualidade de vida.

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