Atualmente, muito tem se falado a respeito de corrida natural, corrida descalça, tênis minimalista, five fingers, drop zero, mas pouco se tem escutado a respeito das alterações técnicas que se deve adotar para realmente tirar proveito desse material e não se expor ao risco de lesões.
O grande precursor desse movimento foi o artigo publicado na revista científica NATURE no ano de 2010 que demonstrou o quanto o tênis de corrida que utilizamos hoje tem alterado o padrão de pisada natural do ser humano, provocado principalmente pela altura excessiva da sola no retropé (calcanhar) e que a corrida executada sem nenhum tipo de calçado é mais eficiente e com menos impacto.
Consultando outros materiais relacionados e testando na prática do treinamento de alguns atletas de corrida e triathlon, tenho concluído que a busca por uma técnica que aproveite melhor a restituição elástica muscular e gere menos impacto, tem ajudado a melhorar o desempenho e a reduzir a incidência de lesão em indivíduos com histórico de canelites incuráveis e fratura por stress.
Fugindo do extremismo de correr descalço, as recomendações práticas que dou são simples e podem ser seguidas mesmo com o tênis tradicional:
- Se você já corre a muitos anos e se sente bem com sua técnica, talvez não tenha sentido mudar;
- Caso queira tentar, você deve estar com seus tendões e músculos da panturrilha (sóleo e gastrocnêmicos) bem fortalecidos e alongados;
- Evite tocar o solo com o calcanhar, como a velha técnica de “mata borrão” preconizava. Pise com a parte da do meio e da frente do pé;
- Toque o solo com o seu pé alinhado ao seu quadril e não a frente dele;
- Introduza a técnica gradativamente, alguns minutos por treino, até que consiga correr maiores distâncias;
- E nunca se esqueça de pedir a orientação do seu treinador.
Veja o vídeo do que deve evitar.
Veja o vídeo de como deve fazer.
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