Comer peixe fortalece o coração, melhora a respiração e a carne é
rica em cálcio, fósforo, iodo e vitaminas. Está achando pouco? Tem mais
É provável que você, assim como a maioria dos brasileiros, coma peixe
só de vez em quando. Chega a ser curioso: num país com 8 mil
quilômetros de costa e milhares de quilômetros de rios, onde há mais de
mil espécies de peixes catalogados, a população não costuma comer mais
do que 8 quilos de pescados por ano, o que dá mais ou menos umas 40
porções individuais.

Do ponto de vista nutricional, peixe é um prodígio. Sua carne, rica em cálcio, fósforo, iodo e vitaminas A, B e D, tem em média 20 gramas de proteína por cada 100 gramas. É uma quantidade menor do que a da carne vermelha, que supera 27 gramas, mas com a vantagem de conter muito menos gordura saturada e colesterol.
“Quem quiser substituir toda a carne vermelha e de ave por peixe estará perfeitamente nutrido”, aprova o endocrinologista Marcio Mancini, vice-presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
A maior vantagem dos peixes, porém, responsável pela fama de alimento
premium que eles conquistaram nos últimos anos, vem da substância
ômega-3, um ácido graxo.
Curiosamente, trata-se de uma gordura, só que do bem, que incluiu o peixe na categoria de alimentos funcionais – aqueles que trazem benefícios para o organismo.
Os peixes não só colaboram para a prevenção de doenças graves como são capazes de ajudar a curá-las.
Curiosamente, trata-se de uma gordura, só que do bem, que incluiu o peixe na categoria de alimentos funcionais – aqueles que trazem benefícios para o organismo.
Os peixes não só colaboram para a prevenção de doenças graves como são capazes de ajudar a curá-las.
EVITA INFARTOS
O coração é um dos maiores beneficiados com o consumo de ômega-3, o
que vale até para quem é zero-quilômetro e nunca levou puxão de orelha
do cardiologista: ele inibe a formação de trombos, processo que
precipita a obstrução da artéria e, conseqüentemente, o infarto agudo.
“Estudos comprovam que a ingestão de uma quantidade equivalente a dois
filés de peixe grandes por semana pode reduzir em duas vezes e meia o
risco de morte decorrente de problemas cardiovasculares”, afirma o
cardiologista Marcos Knobel, coordenador da unidade coronariana do
Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Quem sofre de hipertensão leve, segundo Knobel, também sai ganhando.
“O ômega-3 ajuda a diminuir a taxa de triglicérides e o nível de
colesterol total, além de alterar as membranas das células sangüíneas,
tornando o sangue mais fluido e, assim, reduzindo a pressão arterial.”
Não é só. Até quem já sofreu ataque cardíaco e se vê obrigado a utilizar
medicamentos pode e deve caprichar no consumo de peixe. “Nesse caso,
diminui ainda mais o risco de um novo evento.”
O rol de benefícios não termina aqui. De acordo com Jacqueline
Alvarez Leite, nutróloga e professora da Universidade Federal de Minas
Gerais, o ômega-3 é importante na formação do sistema nervoso central e
age na cognição e na função visual. “Estudos experimentais sugerem que
ele talvez seja eficaz na prevenção do estresse e até do Alzheimer.”
A RESPIRAÇÃO FICA MELHOR
O aparelho respiratório, acreditam alguns pesquisadores, também seria
beneficiado. “Ainda não há confirmação, mas trabalhos já recomendam o
consumo de peixe três vezes por semana para o tratamento de asma,
bronquite e outras alergias”, conta a nutróloga. Já está achando que o
ômega-3 é quase milagroso? Prepare-se porque tem mais. “Pesquisas
mostraram que a ingestão de peixes ricos em ômega-3 reduz em três vezes o
risco de câncer de próstata. E também que há menor prevalência de
diabetes tipo 2 em populações que privilegiam seu consumo”, diz
Jacqueline.
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