quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

10 lesões que podemos evitar

Fonte: http://www.aminhacorrida.com

Muitas vezes o corredor sofre uma lesão sem se dar conta do motivo que levou a sofrer determinado dano. Geralmente ela começa com uma leve dor e depois cresce até se tornar uma dor insuportável, sendo assim, impossível treinar.





Nem todas as lesões podem ser atribuídas ao acaso. Algumas delas podem ser evitas e/ou minimizadas. Por exemplo, atletas mais descuidados com os seus tênis (parte fundamental do seu equipamento) são aqueles que, quase sempre, mais se lamentam pelo aparecimento de lesões. Regra geral, atribuem o seu aparecimento à tal má sorte, mas a realidade é que, em cada treino, se estão expondo permanentemente a isso mesmo.


1- Pé Fraco - Verificou- se que normalmente os nossos pés tocam no solo à razão de 1.000 batimentos durante um período de 7 a 10 minutos de corrida, consoante a amplitude de passada e o andamento de treino. Estes números podem parecer exagerados, principalmente se pensarmos que durante, por exemplo, uma semana qualquer especialista mediano cobrirá facilmente um total de 5 a 7 horas de corrida, ou seja, qualquer coisa como 30.000 a 42.000 batimentos no solo! Se nos lembrarmos que a força normal do impacto em cada apoio se situa ao redor de três vezes o peso do atleta, o total de forças em jogo será verdadeiramente enorme, inimaginável mesmo.

Com estes dados é fácil começarmos a compreender a razão de a maioria das lesões se situar no conjunto ósseo-muscular da zona do pé. Ao mesmo tempo, muitos serão levados a pensar como têm tido «sorte» em nunca se lesionarem em tal zona. Com efeito, o atleta deve ter o conjunto articular do pé verdadeiramente musculado e preparado para os esforços a que se propõe. Caso contrário, mais cedo ou mais tarde, vêm as lesões. Isto, para não falarmos no cuidado a ter com o tipo de sapatos que se utiliza e com os terrenos em que se corre! Portanto, amigo, aqui fica o aviso: o fortalecimento da região focada será meio caminho para aquela “boa sorte” sempre desejável.

2 - Comprimento desigual das pernas - É muito raro as nossas pernas serem absolutamente iguais, ou melhor terem o mesmo comprimento e cerca de 50% dos corredores têm lesões originadas por esse facto. As diferenças são apenas de alguns milímetros mas, como tivemos ocasião de dizer no ponto anterior, as milhares de passadas começam a fatigar mais um determinado local do que outro e, depois, ai estão as micro lesões, cujas consequências são por vezes bem graves. Atingido por elas, o corredor, normalmente, não pensa que a causa pode estar num ou noutro milímetro de diferença entre as suas pernas esquerda e direita. Limita-se a usar esta ou aquela pomada, a dor desaparece para voltar pouco depois, sem que o interessado saiba muito bem como.

Recorre-se a dizer mal da pomada aplicada, muda-se para uma outra mas a causa do mal fica intocável e muitas vezes desconhecida. Uma consulta a um bom especialista costuma ser a única solução, como o é, também a aplicação de pequenas palmilhas para "equilibrarem" as pernas.

3 - Fraca Flexibilidade - Músculos tensos e rígidos estão mais sujeitos a lesões do que outros bem exercitados ao nível da flexibilidade. Este é um problema sempre esquecido pelos corredores desejosos de fazerem «mais uns minutinhos» de corrida, desprezando quase sempre alguns importantes exercícios adequados. Nunca se esqueça deles antes da sua corrida e comece sempre em descontração e lentamente.

4 – Desequilíbrio Muscular - Se observarmos os corredores que treinam, por exemplo, só em terrenos acidentados, facilmente concluiremos que os seus músculos inferiores se encontram desenvolvidos. O inverso também é verdade, principalmente para aqueles que só «giram» em torno de uma pista. Estes dados demonstram que certos grupos musculares ficam mais desenvolvidos do que outros e quando, por qualquer motivo, se muda de terreno, tais grupos, em regra pouco solicitados no treino, acusam o esforço e lesionam- -se. Sob o ponto de vista científico, este problema é demonstrado pelas variações do esforço entre os músculos antagonistas (em descontração) e os agonistas (solicitados para o esforço).

Assim, ao correr, enquanto uns músculos «descansam» outros estão em atividade, numa sucessão que, ao fim e ao cabo, permite o melhor rendimento. Na prática, o atleta deverá preocupar-se em variar os tipos de terreno e respectivas percentagens de inclinação de forma a possibilitar um perfeita e desejável musculação natural. Paralelamente, é importante, também, um reforço gradual dos músculos abdominais e quadricípedes, por exemplo.

5 - Stress e Tensão - As lesões surgem normalmente nos períodos difíceis do corredor, não só, por exemplo, por se andar a treinar em excesso, mas, também, por outros problemas de tensão do seu dia-a-dia. Um atleta tenso suporta menos esforço, irrita-se mais facilmente. é mais vulnerável à doença. A corrida do seu treino e não procure ultrapassar-se pondo em risco o seu organismo e aquele prazer que certamente deve sentir em cada passada. Sintomas de insônia, fadiga geral e fácil irritação são sinônimos de excesso de treino sempre possíveis de evitar.

6 – Excesso de Treino - Se tem pouca base de quilômetros, um aumento súbito dos mesmos é a certeza de lesão. O organismo do ser Humano é uma excelente máquina bem preparada para tudo mas que deve ser exercitada gradualmente de forma a possibilitar um equilíbrio dos diferentes esforços. Se é certo que a maioria dos novatos procura absorver cada pormenor da corrida tendo em vista a progressão rápida, não nos podemos esquecer que quanto mais rápida for a progressão mais perigos existem de lesões. Tenha calma, viva cada nova etapa aquele conselho que também lhe deram, mas nunca procure «mostrar-se» como a «grande vedeta» só porque pratica a corrida há mais tempo. Quanto melhor for o ambiente em que treina, melhores são as possibilidades de assimilação do esforço e o consequente fortalecimento moral e físico.

7 - Hábitos impróprios de treino - Súbitas mudanças de intensidade, duração e frequência dos seus treinos devem ser evitados. Da mesma forma, mudanças do tipo de piso (de mole para duro, por exemplo) e métodos podem ter graves repercussões. Procure, pouco a pouco, encontrar o método de preparação que mais garantias de rendimento lhe possibilite, assim como uma certa segurança na progressão da atividade. Se o seu colega, às terças-feiras, tem por esquema «subir a montanha mais próxima », isto não significa que você, de um dia para o outro, também o vá fazer. Cuidado, a progressão é um excelente «remédio» para afugentar as lesões.

8 - Fatores ambientais - Tenha um grupo de corrida optimista, que encare a preparação como algo de descontração e bem-estar e nunca como aquela alavanca que vai possibilitar vencer tudo e todos, incluindo o grupo do bairro rival. O meio ambiente é fundamental para a forma de encontrar o seu equilíbrio e adapta-se ao esforço exigido. Para os colegas novos tenha sempre aquela palavra amiga,deve aparecer sempre como uma excelente forma de descontração e nunca como uma carga para prejudicar o bem-estar de cada um. Procure correr descontraído e de preferência em grupo. Um bom ambiente de treino, em que cada um «brinca» com o colega, é um excelente método para a descontração e bem-estar do corredor. Corredor que se encontre só no seu treino habitual está mais sujeito a abandonar a atividade e a irritar-se com pequenos nadas.

9 – Descuidos nos de repouso - Ao mínimo sinal de lesão tenha calma. Mais vale «perder» um treino do que estar meses e meses em inatividade. Da mesma forma, quando recomeçar os treinos depois de qualquer lesão, procure respeitar as normas aconselhadas pelo seu médico. Uma lesão mal curada é algo que fica sempre para a vida desportiva do atleta e as suas mais graves consequências só se vêm a repercutir alguns anos mais tarde. Nos períodos mais fracos da sua saúde procure diminuir também a preparação. Lembre- se que o corpo não é uma- máquina indiferente a avarias.

10 - Falta de apoio - Ainda existem vários especialistas que recomendam o repouso como o melhor remédio para cura dos males. Enfim, hoje está provado que o movimento, desde que respeitando as suas consequências, é algo bem mais importante do que se imaginaria há algumas dezenas de anos atrás. Procure apoio técnico junto de pessoas competentes e que tenham de facto sentido os mesmos problemas dos corredores. Técnicos há que nunca «giraram» uns quilômetros e aproveitando «a onda» surgem como profetas da sua zona. Julgue os métodos de preparação tendo em atenção os seus prós e contras e nunca porque este ou aquele campeão o utiliza. O que é bom para um dado corredor pode ter pouca utilidade para um outro.

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